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Crítica - Peça de teatro - Mambembe

Crítica da peça teatral "Mambembe" que está em cartaz aos sábados no teatro commune em SP.

Bem meus coleguinhas,



Como bem já devem saber essa crítica deveria ser de outra peça de teatro.



Nunca havia ido até o charmoso teatro Commune. Logo na entrada temos uma tendência "a la praça Rossevelt", ou seja, o teatro tem em sua entrada um barzinho e estava bem cheio de gente.



A peça ia começar às 21hs. Ia, porque começou por volta das 21h10min. (tá pode me chamar de chato...)



Ao me colocar em meu assento (que não é marcado, justificando assim a enorme fila que se formou antes da entrada) duas surpresas. A boa é que o grupo estava já na coxia esquentando os motores, falando alto, cantando e nos deixando ansiosos por entender o que se passava. A ruim é que o sujeito ao meu lado veio acompanhado de uma tv portátil (tipo celular) que deixou ligada por uns 20 minutos (ainda faço um post xingando o público...).



A peça começa com um pedido inusitado para que se desliguem os celulares. Uma cantoria completa o prelúdio.



O sábio leitor que for acompanhar a peça (que finda no primeiro sábado de outubro) sentar-se-á nas cadeiras do fundo. Ou terminará a peça com dor de cabeça. O volume dos atores ultrapassa demais o limite do aceitável. A peça é gritada em sua maior parte.



Se o figurino é muito bem feito, bem como a falta de cenário que completa bem o estilo mambembe que o texto pede, a luz deixa a desejar. Uma luz geral acompanha toda a peça (com exceções aqui e ali) o que contribui para que a montagem se torne cansativa.



A direção também não ajuda os atores. Um texto corrido demais acaba por se embaralhar ao chegar em nossos ouvidos. Poucos momentos conseguem arrancar risadas do público.



Mas o grupo é forte e entusiasmado (o que , de certa forma, já é admirável). A peça me passou a sensação de ser mais longa do que deveria, outra falha da direção.



A maquiagem dos atores é muito bem feita, exceção a um ou outro que parece ter feito com pressa para entrar logo em cena.



A sonoplastia tem seus acertos, mas peca, às vezes, pela insistência de efeitos cômicos (que deixam de ser cômicos quando perdem a surpresa).



A adaptação do texto foi muito bem feita, e ele passa de fato a mensagem, embora se perca em frases como "paciência, é pelo amor à arte", que são jogadas boca a fora pelos atores, sem a menor preocupação em dar um tom sério ou irônico. Simplesmente é dita.



A peça se encontra em cartaz aos sábados às 21hs no teatro Commune (avenida Consolação 1218 próximo ao Mackenzie), custa R$30 (inteira) e tem estacionamento ao lado.



Mas se aceita uma sugestão, vá ver o Parlapatões.

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