É meus coleguinhas, como prometi na crítica da peça de teatro "Mambembe" cá está o post sobre o público.
Antes de mais nada direi que ele foi motivado por, principalmente, dois motivos:
1. Uma amiga que vive reclamando do público do cinema.
2. O cara que sentou ao meu lado e manteve UMA TV LIGADA durante 20 minutos da peça que estava
A questão ficou então dividida. O público conversa, faz barulho e etc. porque não gosta do que está vendo (como pensei ser o caso na peça) ou porque não está acostumado com a arte?
Me lembro que ao assistir um filme em Cuba (aliás um filme sobre a União Soviética) alguns dos espectadores estavam acompanhados de seus cachorros, outros fumavam e a grande maioria conversava. Questão de cultura, dirá o outro. Pode ser.
O fato é que a questão é mais antiga do que poderia supor a nobelíssima leitora e o raríssimo leitor. Em comédias da Grécia Antiga já havia reclamação por parte dos autores do barulho que era feito pelo público da época.
Não se pode, portanto, culpar a televisão pelo mau jeito do público. A culpa seria nossa?
Pode ser difícil para nós, admitirmos que, talvez, só por um breve momentinho, estejamos fazendo algo que não agrade ao público. E não me venham com a velha desculpa do "o público de teatro não sabe o que é teatro" porque se não sabe, ao menos tem convicção de dizer "gostei ou não gostei" mesmo que não saiba dizer os motivos para isso.
Pode ser que o público seja mal educado (e é!) mas precisamos também ver que tipo de peça de teatro ou filme no cinema estamos desenvolvendo. Porque afinal, "O Médico e o Monstro" é a mesma pessoa.
E se o público é o Monstro, nós somos os Médico(s).
0 turradas:
Postar um comentário